A Arte Francesa da Guerra (Jenni): três impressões

Em A Arte Francesa da Guerra, romance de 2011 do francês Alexis Jenni, o narrador se oferece pra reescrever as memórias do ex-soldado Victorien Salagnon em troca de aulas de pintura. Depois de um certo número de aulas — e depois que o Salagnon já contou suas histórias na 2a. Guerra, na Argélia, na Indochina…

O ser humano não presta

A ideia pro título deste texto eu peguei do programa de TV do Bill Maher. Num trecho em que ele mostra como a prática da escravidão está presente em diversos momentos na história da humanidade (exercida, inclusive, por negros contra negros e por brancos contra brancos), ele é forçado a constatar que, bem, nós não…

Trabalhando com poucas ferramentas — parte 2

(A parte 1 aqui.) Me marcou a descrição que o psicólogo Steven Pinker fez do linguista Noam Chomsky: “Ele é um teórico daqueles de usar papel e caneta, e não sabe a diferença entre Jabba the Hutt e o Monstro dos Cookies da Vila Sésamo.” Achei impressionante que o oitavo autor mais citado de todos…

Arte recorrente

O John Mellencamp relembrou numa entrevista uma conversa dele com o Bob Dylan em que o Mellencamp perguntou pro Prêmio Nobel de Literatura de 2016 como ele fazia pra compor tantas grandes músicas. A resposta: “John, eu escrevi as mesmas quatro músicas um milhão de vezes.” A lembrança serviu pro Mellencamp dizer que ele mesmo…

Gentileza no discurso

Um amigo meu, quando estava escrevendo a dissertação de mestrado, incluiu um agradecimento ao orientador dele, “pelo espaço dado para eu desenvolver os meus talentos”, ou algo parecido. Eu estava por perto durante a escrita do trabalho, então eu sei que a nota foi uma forma educada que o meu amigo encontrou pra dizer que…

Trabalhando com poucas ferramentas

O produtor musical Rick Rubin foi entrevistado pelo jornalista americano Anderson Cooper pro programa de TV 60 Minutes. — Você toca instrumentos musicais? — Muito pouco. — Você sabe operar uma mesa de som? — Não. Eu não tenho nenhuma habilidade técnica, e não sei nada de música. — Alguma coisa você deve saber! —…

Detalhismo

O Steve Jobs costumava contar uma lição aprendida com o pai Paul, um mecânico de classe média nada extraordinário. Estavam pai e filho instalando uma cerca em volta da casa da família, quando o mais velho disse: Você tem que deixar a parte de trás da cerca, que ninguém vai ver, tão bonita quanto a…

Consumindo a cultura local

Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, não outra que nos exprime. Se não for amada, não revelará a sua mensagem; e se não a amarmos, ninguém o fará por nós. Se não lermos as obras que a compõe, ninguém as tomará do esquecimento, descaso ou compreensão. Ninguém, além…

A originalidade das ideias

O Keith Olbermann, comentarista americano de política e esportes, falou uma vez numa entrevista a respeito da possibilidade de o futebol (ou soccer, como eles falam por lá) se tornar um esporte de fato popular, como o beisebol ou o futebol americano. A opinião dele: “Ouvi alguém dizer que o soccer é o esporte do…

Cobrança

O Muricy Ramalho, então coordenador do São Paulo, contestou, numa visita a um podcast, a noção de “pressão” ou de “cobrança” de que jogadores de futebol de grandes equipes sofreriam constantemente. Segundo o Muricy, isso é uma “mentira”, uma “muleta”: um jogador que assina um contrato milionário, com um clube de milhões de fanáticos torcendo…

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